Tu sabes que o passado vai sempre voltar de alguma maneira. Nas fotografias que tiramos juntos, nas músicas do nosso amor e nas frases que me sussurravas ao ouvido. Vou enganar-me a mim mesma, dizer que me esqueci, quando não me esqueci. Essas lembranças não podem ser esquecidas, e o coração teima em fazer delas, o que o próprio nome diz: lembranças. O coração é estranho e o meu segue por estranhos caminhos. Sei que posso viver anos e anos, acostumar-me que nos perdemos, reconciliar-me com a dor, mas vai sempre existir uma lembrança fugaz que vai despertar a dor novamente, essa dor aguda, fria e crua como uma ferida que foi novamente aberta. O tempo também não é o meu melhor conselheiro, as horas não passam e depois de tudo o que te pude dar, dou vez ao destino e deixo que seja ele a seguir-me. Os limites sempre aparecem e as forças esgotam-se. Peço à maré que vire, só lhe peço isso, que a lua esteja a meu favor. Não sei se é desistir, mas não te consigo perdoar o que não queres saber de mim. Nunca deixei de sonhar, nunca deixei de acreditar, mas esta efémera vida tem algo destinado para mim.
Larguei uma lágrima ao ler isto, por me ter identificado com esta situação - noutra altura diferente -, não sou a melhor pessoa para te dar conselhos; mas não deixes de lutar por aquilo que amas.
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És uma princesa , obrigada pelas tuas sempre doces palavras!
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